Nesta quarta-feira (7), o Auditório do Moda Center recebeu a 2ª edição da Roda de Conversa “Autismo sem Rótulos”, evento promovido pela Duo – Multiclínica do Desenvolvimento. Realizado de forma gratuita, o encontro reuniu uma equipe multidisciplinar que, junto a pais e mães de crianças autistas, esclareceu dúvidas sobre diversos temas relacionados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Entre os assuntos abordados estiveram: o que é o espectro autista, os níveis de suporte, tipos de terapias indicadas, o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), e os direitos garantidos pela Lei Federal nº 12.764/2012, conhecida como a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
Os eixos norteadores da conversa foram Aceitação, Autenticidade, Respeito e Inclusão. Além das orientações técnicas, o momento também foi marcado pela escuta ativa, permitindo que os pais compartilhassem suas experiências e desafios.
As profissionais Bruna Gomes (fonoaudióloga) e Élida Queiroz (neuropsicopedagoga), organizadoras do evento, destacaram a importância de ampliar a conscientização sobre o autismo.
“Tivemos a oportunidade de compartilhar conhecimento, e isso é motivo de grande alegria. Nossa campanha visa levar conscientização, porque infelizmente ainda rotulam pessoas com autismo como se fossem incapazes ou que precisassem de cura. Isso não é verdade”, pontuou Bruna.
“Nosso objetivo é promover a inclusão com respeito e empatia. Juntos, podemos construir uma sociedade mais consciente, que compreenda o autismo sem preconceitos”, concluiu Élida.
Durante o evento, também foram distribuídos materiais de apoio, como cordões de identificação para pessoas com TEA, marcadores de página e bótons personalizados, todos voltados à promoção da conscientização e respeito à neurodiversidade.
O que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA)
O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta principalmente a comunicação, o comportamento e a interação social.
Os sinais podem ser observados ainda na infância e incluem dificuldade de socialização, dificuldade de comunicação, comportamentos repetitivos, sensibilidade sensorial ou emocional, seletividade alimentar, entre outros.
O diagnóstico é feito por profissionais especializados, como neurologistas e psiquiatras, com o apoio de equipes multiprofissionais que podem incluir psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros.
Com o acompanhamento adequado e terapias específicas, a pessoa com TEA pode desenvolver sua autonomia, alcançar uma vida funcional e construir uma rotina adaptada às suas necessidades, com qualidade e inclusão.