Nesse primeiro encontro, representantes do polo confeccionista apresentaram aos gestores da Sefaz-PE várias peculiaridades da indústria e comércio da região |
Foi
realizada na tarde da última terça-feira (26), na sede da Secretaria da Fazenda
de Pernambuco, em Recife, uma reunião entre técnicos da secretaria e
representantes da indústria e do comércio de Santa Cruz do Capibaribe e
Toritama. Em pauta, a criação de um regime tributário específico para o Polo de
Confecções do Estado.
Representando
Santa Cruz do Capibaribe, estiveram Allan Carneiro (síndico do Moda Center),
José Gomes Filho (presidente da ASCAP – Associação Empresarial de Santa Cruz do
Capibaribe), Bruno Bezerra (secretário municipal de Desenvolvimento Econômico),
Jacks Barros (presidente da ASCONT – Associação Santa-cruzense de
Contabilistas), Luciano Bezerra (advogado), Marcelo Diógenes (procurador do
município) e Fábio Lopes (contabilista). O município de Toritama foi
representado por Prudenciano Gomes (presidente da Associação dos Lojistas do
Parque das Feiras).
Allan Carneiro (Síndico/Moda Center) |
O
grupo foi recebido por Bernardo D’Almeida (coordenador da Administração
Tributária), Benedito Severiano dos Santos (diretor geral da Receita) e Roberto Abreu
(secretário executivo da Sefaz-PE).
Nesse
primeiro momento, os representantes do polo confeccionista apresentaram aos
gestores da Sefaz-PE várias peculiaridades da indústria e comércio da região,
justificando a necessidade da criação de uma legislação específica para o
setor, o que já vem sendo discutido há algum tempo pelos entes ligados à cadeia
têxtil local.
Bruno Bezerra (Sec. Mun./PMSCC) |
“A
gente depende 100% da confecção. O grande atrativo da região é o preço
praticado pelas pequenas empresas, em sua grande maioria formadas por pessoas
de uma mesma família. Estamos aqui com ideias que, aprovadas pela Fazenda,
significarão um grande marco para o Polo de Confecções”, disse Allan Carneiro.
O síndico do Moda Center ressaltou que é preciso oferecer condições adequadas
aos produtores e mais segurança aos clientes, que por sua vez vêm de regiões
distantes e têm dificuldade de transportar as mercadorias compradas no polo
pernambucano.
"A
informalidade é energia empreendedora em estado bruto que precisa ser lapidada.
Precisamos transformar a legislação tributária em mais um diferencial
competitivo do nosso polo", comentou Bruno Bezerra.
Benedito dos Santos
(Diretor Geral da Receita)
|
“Estamos
formatando uma proposta para uma política tributária que atenda a todos, para a
sustentabilidade do polo, e que acabe com a sonegação fiscal”, ressaltou
Benedito Santos.
Bernardo D’Almeida
(Coord./Administração Tributária)
|
“O
segredo é uma tributação simplificada que atenda a todos. A partir disso, é a
oportunidade para quem quer trabalhar de maneira fiscal organizada e segura”,
enfatizou Bernardo D’Almeida.
Qualquer
alteração na lei atual terá que passar pela votação dos deputados na Assembleia
Legislativa de Pernambuco e, posteriormente, a sanção do governador para que
possa entrar em vigor.
A
próxima reunião para análise das propostas de ambas partes está marcada para o
dia 04 de agosto de 2016.