Reunião teve participação de representantes das três
principais
cidades do Polo de Confecções de Pernambuco
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Aconteceu
na tarde desta quarta-feira (17), em Santa Cruz do Capibaribe, uma reunião para
discutir o direcionamento das ações em busca de uma solução para a problemática
dos confeccionistas informais que atuam na região agreste do estado.
Um
dos principais objetivos do encontro, promovido pela Secretaria de
Desenvolvimento Econômico do município, foi fortalecer a integração entre os
representantes do Polo de Confecções de Pernambuco em torno de temas de
interesse comum.
Presidentes
das associações comerciais e empresariais de Caruaru, Toritama e Santa Cruz do
Capibaribe, além de secretários municipais e dirigentes do Moda Center Santa
Cruz e Parque das Feiras de Toritama, debateram um pacote de sugestões que
serão trabalhadas e propostas ao Governo do Estado a fim de incentivar à
formalização no setor.
Bruno Bezerra, Secretário e Desenvolvimento Econômico de Santa Cruz do Capibaribe |
“É
importante que os municípios que integram o Polo de Confecções estejam sempre
unidos, discutindo, sobretudo, o crescimento da região. Não queremos ver o
Governo do Estado como um entrave, mas como um parceiro no desenvolvimento”, disse
Bruno Bezerra, secretário de Desenvolvimento Econômico de Santa Cruz do
Capibaribe. Também foi discutida a necessidade de uma melhor comunicação entre
Governo do Estado, Ministério Público, entidades e confeccionistas, assim como
a viabilidade de uma assessoria jurídica e tributária para trabalhar na
elaboração de uma estrutura tributária que incentive a formalização e mantenha
a competitividade.
Everaldo Gualberto, Coord. Câmara Setorial de Componentes Têxteis da ACIC |
“Nós
vivemos uma cultura de mais de 30 anos de informalidade. Já faz muito tempo que
o Estado busca essa formalização e nós não temos mais como fugir disso. Sabemos
que é um caminho sem volta, mas precisamos encontrar soluções que sejam viáveis
para a legalização. Essa união dos municípios envolvidos já é um bom sinal”,
disse Everaldo Gualberto, coordenador da Câmara Setorial de Componentes Têxteis
da ACIC (Associação Comercial e Industrial de Caruaru).
“Esses
municípios deixaram o conceito de cidadezinhas do interior e se tornaram
grandes centros urbanos e de produção. E quando a gente cresce, a gente paga um
preço. E o preço é essa necessidade de se buscar uma regularização, mas uma
regularização reconhecendo a dificuldade de cada porte de contribuinte”, disse
Carlos Veras, secretário da Fazenda de Caruaru.
Carlos Veras, Secretário da Fazenda de Caruaru |
Erich Veloso, Secretário de Desenvolvimento Econômico de Caruaru |
De
acordo com Erich Veloso, secretário de Desenvolvimento Econômico de Caruaru, a
busca pela unidade na discussão do interesse comum foi o ponto principal da
reunião. “Além de soluções para as questões fiscais, tributárias e de
legalidade, nós vamos sugerir ao Governo do Estado a criação de uma política
desenvolvimentista que venha assegurar ao Polo de Confecções competitividade e
visibilidade no cenário nacional e até internacional”, destacou.
Para Bruno Bezerra, é preciso levar em
consideração que a atividade confeccionista do agreste pernambucano ao longo de
décadas se mostrou uma das mais exitosas experiências de convivência com a seca
e de superação das adversidades de produção no semiárido, sendo provedora de
desenvolvimento, geração de emprego e distribuição de renda.